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VOCÊ PRECISA ENTENDER MAIS SOBRE PASTILHAS DE FREIO!!
Uma moto não tem air bag, cinto, carroceria, e todos os aparatos de segurança que um carro oferece. Queira ou não, praticamente o único item da motocicleta que te protege, podendo ser a diferença entre a vida e a morte em uma emergência, é a pastilha de freio. Porém, a maioria das pessoas entende muito pouco do assunto. Acaba comprando qualquer pastilha de freio mais barata, ou aquela que já está acostumado a usar e até mesmo a que um conhecido indicou alguns anos atrás. Entender de pastilha de freio e usar uma que realmente vai te proteger, além de salvar sua vida, pode economizar bons reais no seu bolso.
Para isso é importante entender uma história acerca das pastilhas de freio, deixa eu te contar desde o princípio.
Primeiramente, vale lembrar que o consumidor brasileiro é muito apegado aos preços. Então alguns anos atrás, onde a informação era muito menos difundida, acreditava-se que pastilhas de freio eram todas iguais. Por que afinal eu vou pagar R$50 numa pastilha de freio da marca X, se a pastilha da marca Y custa R$10? Nesse cenário, muitas pessoas acabavam comprando aos montes pastilhas de procedência duvidosa.
Essas marcas (péssimas) faziam produtos tão ruins, pastilhas que desgastavam os discos como vamos citar mais para frente, que não davam frenagem nenhuma ou que com o tempo chegavam até mesmo a descolar o material de atrito da base… Essa dor de cabeça levou esses clientes a buscarem produtos um pouco melhores. Foi onde surgiram as duas principais marcas que dominam o mercado de pastilha de freio de baixo custo atualmente. Como seus concorrentes faziam produtos horríveis, entregando pastilhas com a qualidade no máximo razoável, no comparativo, eram extremamente melhores. Com isso essas marcas cresceram e ganharam muita autoridade no mercado.
QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE OS MODELOS DE PASTILHA?
Saber identificar a diferença entre os materiais de pastilhas é algo que pode te dar um direcionamento, mas não resolve muita coisa. Existem marcas no mercado que se categorizam apenas para fazer marketing, por exemplo: Pastilha de kevlar + carbono. Quem vê pensa que está falando de uma tecnologia de outro planeta, porém não passam de pastilhas orgânicas. Ou até mesmo pastilhas cerâmicas que tem sua fama difundida, mas são muitos relatos de problemas com algumas marcas. Assim, vale ressaltar que o conhecimento das categorias é interessante para você saber o que está comprando, mas a classificação da pastilha por si só não quer dizer muita coisa.
ORGÂNICA – Feita a base de celulose e resina fenólica. Algumas utilizam kevlar, fibra de vidro ou fibras minerais para melhorar suas propriedades em altas temperaturas. Bom coeficiente de atrito em baixas temperaturas, desgastam pouco o disco e são baratas. Não tem boa frenagem em alta temperatura e se desgastam rapidamente.
SEMI-METÁLICA – Usa como base os materiais da pastilha orgânica, mas tem latão, bronze ou alumínio adicionado à resina. Desempenho melhor que as orgânicas e tem um custo um pouco superior. Em compensação tem maior durabilidade e eficiência sem gerar maior desgaste ao disco, mas geralmente são utilizadas em motos até 300cc.
METÁLICA – Mesmo material da semi-metálica, porém com mais pó metálico. Maior poder de frenagem, sendo mais consistente e progressiva. Custo maior que as semi-metálicas mas já entregam um desempenho interessante, geralmente são utilizadas pelas montadoras nas motos médias e grandes.
SINTERIZADA – Mistura de metais em pó, as melhores marcas usam cobre e alumínio, mas também pode ser usado latão, bronze e outros metais. Dependendo da mistura pode ter desempenho melhor em baixa, média ou altas temperaturas, mas geralmente se destaca pelo seu bom funcionamento em altas temperaturas. Possuem alta durabilidade e na maioria das marcas costuma não agredir o disco.
CERÂMICA – Fabricada em cerâmica. Talvez sua principal promessa seja o fato de soltar menos fuligem. Era tratado como um material nobre no começo, mas está se difundindo cada vez mais entre as marcas de baixo custo.
CARBONO – A contrário do nome, não usam fibra de carbono. São pastilhas semi-metálicas que têm carbono em sua resina. Se destaca por ter um bom desempenho tanto em baixa quanto em alta temperatura e é de todas a que entrega a frenagem mais linear. Também é a mais cara. Existem (como dito na introdução) pastilhas que põe um cabelinho de carbono apenas para se categorizar e fazer marketing. Mas as pastilhas que de fato tem uma alta concentração de carbono são raras. Inclusive, é a base de material usada para o MotoGP.